Quem aí pode dizer que sabe mesmo viver?
Você, sabe? Conhece alguém que sabe?
Te ensinaram na escola? Talvez, na “facú”?
Com certeza, em casa, era só disso que se falava…
Não? Como não?
Mas se não te ensinavam a viver na escola, que diachos aprendestes?
É certo, muita coisa aprendemos na escola… muitas delas esquecemos até que, de repente, em uma situação completamente inusitada, nos deparamos com um obstáculo que requer aquela velha fórmula (de matemática, ou de química, ou pior: aquela de física! – aquela: da infame aula das 7 da matina, do professor suíço que usava botas de cowboy e cheirava a cachimbo – e que te fazia viajar como no mundo dos sonhos, sem noção do que de fato se passava na tal ‘aula’)…
E não só de formulas vivia nossa escolaridade. Aprendemos a trabalhar em grupos (ou não) e desde já, nossas personalidades profissionais afloraram, nos destacando individualmente conforme as mesmas, mesmo dentro daquele modelo arcaico em que todos os pupilos são submetidos a uma instrução homogênea que desconsidera cada aptidão do indivíduo.
Seguimos em frente, repetindo na faculdade, no doutorado, mestrado, etc. os mesmos padrões que aprendemos logo cedo: aula serve pra passar bilhetinho, dormir depois da balada, discutir com o professor, checar e-mail, fazer lição de outra aula… não é onde o aprendizado acontece, né? Ninguém realmente levava aquilo a sério… e se levasse, levava fama de CDF.
Não é nas aulas em que ganhamos a vivência necessária pra saborear a adolescência, pra destrinchar a fase ‘jovem-adulto’, pra nos preparar pra maior aventura de todas: ser pais, pra nos incentivar a agir com responsabilidade em prol do nosso país…
É nas ruas, no boteco de esquina jogando truco e pagando fiado; é lutando no trânsito pra chegar em tempo (e vivo!); é na fila do cartório, do médico, do estacionamento do shopping; é pendurado no telefone com a NET; é tendo que achar um método eficaz de desentupir sua privada, ou os ouvidos depois de discutir com alguém no trabalho, sem sair coberto em ‘total bullshit’…
É na vida mesmo… Na vida que se aprende a viver… Nas andanças, nas mudanças, nos tropeços; no solavancos, nos trancos e nos balanços… É dando com a testa no muro, e saindo ilesa, aprendendo a seguir por vias alternativas… É observando as ‘cagadas’ dos outros, e as conseqüências destas, e tomando outro rumo, pra não cair nas mesmas armadilhas…
Mas e isso tudo, só vem de vivência mesmo? De experiência? Das muitas esfoladas, cabeçadas, estrumbicadas?
Será que rola aprender com menos topadas?…
Nós ainda não nos conhecemos bem. Hoje marca o começo de novos relacionamentos. Nós vamos nos conhecer, e bem. Vamos conhecer uns aos outros e, muito mais além, vamos conhecer a nós mesmos.
Juntos, vamos embarcar nesse aprendizado, esse do saber viver. Vamos experimentar, e compartilhar. Vamos entrar de cabeça nesta experiência, e vamos compartilhar. Porque felicidade e paz só existem quando compartilhados.
E como saber viver é viver bem, aqui, vamos descobrir o que te faz bem. Porque o que te faz bem, faz bem aos outros, mesmo que só por tabela. Saber viver é compartilhar esse saborear, esse saciar. É saber amar, saber curtir, saber apreciar e querer compartilhar esse saber todo.
‘Bora?’
Todas as fotos são autorais e pertencem a Fernanda, que sabe viver!